Diálogo Informático
José Antônio:
-- Meu computador tava um pouco lento aí eu resolvi fazer um upgrade nele.
Coloquei mais 512 de memória.
Cristiane:
-- Pois eu troquei logo meu Pentium 4 por um Dual Core com 1 giga de memória.
Agora sim, dá pra navegar legal na Internet e baixar o que eu quiser.
Deixei de lado também aquele negócio de conectar pelo telefone.
Não agüentava mais a lerdeza. Agora coloquei banda larga.
José Antônio:
-- Ah, eu também vou colocar banda larga lá em casa este mês ainda.
Comprei também um drive gravador de DVD, já instalei lá.
Cristiane:
-- Ah é, sem gravador de DVD não dá pra ficar não.
José Antônio:
-- Por enquanto eu vou ficar com meu Pentium 4 mesmo, porque eu quero comprar um “lepitope”. Aí, depois que instalar a banda larga eu vou colocar um “uairelés”.
Aí eu vou poder ficar tranqüilo. Deixo o computador la pros menino e faço o que eu quiser no “lepitope”.
Este diálogo aconteceu entre o porteiro do prédio onde mora um conhecido meu e a diarista que presta serviço lá.
E serve de exemplo de como a informática está realmente no dia-a-dia de cada um de nós e, o que é melhor, há muito deixou de ser privilégio das classes mais abastadas.
Serve também como exemplo de que quando existe incentivo e apoio do governo, o setor privado reage e coloca mais e melhores produtos acessíveis às parcelas mais pobres da população.
O mesmo poderia ser feito com qualquer outro setor.
Todo mundo poderia ter acesso a atendimento médico, segurança, transporte, educação e moradia de qualidade a um preço razoável, justo.
Parabéns, Brasil, pela inclusão digital. Ela está acontecendo, apesar de estar só começando.
Agora, por favor, que venha a inclusão social plena.