Encontrei um artigo interessante em que o Carlos Nepomuceno relata sua experiência ao comprar uma impressora HP no Submarino e se surpreender ao descobrir que o equipamento não vem com o cabo USB.
Este artigo comenta:
"O que um cabo de R$ 7,00 ensina sobre o consumidor".
Prática de vender impressora sem o cabo divide os leitores e abre um grande laboratório coletivo sobre como as pessoas pensam de maneira distinta sobre consumo e uso, relação com fornecedores e publicação online.
Não pude deixar de escrever estas linhas pra tecer meu comentário e expressar minha surpresa com esta declaração tão infeliz do Ziraldo.
É de se admirar que um homem inteligente e talentoso como ele faça uma declaração desta, que demonstra um preconceito ridículo.
Se ele prefere os livros, os jornais, as revistas, enfim, a mídia escrita, tudo bem. Agora, desdenhar desta forma a Internet causa a impressão de que existe nele um sentimento de frustração, por não conseguir atuar na Internet com a desenvoltura com que consegue fazê-lo em outras mídias.
Seria mais nobre confessar que esta não é a sua praia. Que está satisfeito por ter chegado aonde chegou e não se sente atraído pela Internet. Que não está a fim de encarar um novo desafio nesta altura da sua vida. Que prefere a comodidade de colher os frutos do seu trabalho já realizado. Tudo bem.
Ninguém é obrigado a amar a Internet.
Não vou sair em defesa da Internet dizendo que ela tem tudo de bom e tudo de ruim, porque isto seria chover no molhado. A Internet reproduz fielmente o que somos como sociedade.
Na verdade, eu acho que a única coisa que você pode fazer em relação à Internet é escolher como vai ser a sua participação nela. Porque não participar está, cada vez mais, deixando de ser uma opção. Não importa qual seja sua ocupação, grau de instrução ou influência, muito antes de você perceber, você já está na Internet.
Quem hoje não tem e-mail?
Quem não faz sua declaração de renda pela Internet?
E mesmo quem entregou pessoalmente por disquete ou formulário (isto ainda é possível?), pode crer que seu nome está lá no banco de dados da Receita, que pode ser acessado via Internet.
Mas, tudo bem, você pode escolher ser um anônimo na Internet.
Assim como no mundo real, você pode ser uma pessoa comum que não aparece em destaque na sociedade em que vive. Mas você está lá.
Porém, desprezar ou menosprezar a Internet é tolice.
É uma pena que uma atitude como esta parta de uma pessoa como o Ziraldo. Alguém cuja trajetória foi marcada pela defesa intransigente da liberdade de expressão, o que lhe custou a prisão pelo regime militar por ser considerado “um elemento perigoso”.
Talvez porque os autores do AI5 considerassem que O Pasquim era “o antro do débil mental”.
Recentemente, vi em um grupo de discussão do qual participo alguém oferecendo um programa que mostra quem te bloqueou no MSN.
Talvez o programa até seja legal, mas não me interessei em baixá-lo simplesmente porque não preciso dele.
Na verdade é possível extrair esta informação do próprio MSN, sabia?
Isto mesmo. Você pode saber agora mesmo quem está na sua lista de contatos, mas você não vê on line, porque ele ou ela te bloqueou. Aqui vai a dica.
Entre em Ferramentas --> Opções. Depois vá para Privacidade. Certamente você já conhece este painel onde você tem a lista de permissões e a lista de bloqueios.
A Lista de bloqueios, lógico, é quem você bloqueou. E não é disto que estamos falando.
O que a maioria não sabe é que na sua Lista de permissões é que se encontra meio escondida a informação de quem te bloqueou.
Clique em alguém nesta lista com o botão direito. Se a opção Excluir estiver disponível é porque esta pessoa te bloqueou!
Você vai ver que, ao contrário, esta opção não aparece disponível para aquelas pessoas com quem você conversa e que você tem certeza que não te bloquearam. Não é interessante?
Pois bem, agora que você já sabe, pode conferir. A não ser que prefira não se arriscar a ter uma decepção com alguém com quem desejava tanto manter uma amizade (ou algo mais)!